terça-feira, 30 de agosto de 2011

"Fotografia de calle"

!Hola, personas!

Nessa sessão, estiveram em pauta:
La dimensión temporal em la fotografia: la narración en función de los acontecimientos - O tempo é fundamental na sequência fotográfica, em três aspectos: tempo de exposição, de captura; tempo cronológico, o real; e o tempo narrativo, de construção da sequência, de apresentação.
La dimensión espacial en la fotografia de reportaje - Um erro grave seria a não valorização do espaço em uma foto reportagem. Há uma tendência antropológica muito forte, geralmente, o que faz informações psicológicas do sujeito e outras da ação serem perdidas. O contexto pode mudar completamente na valorização do cenário. Não se pode esquecer que uma foto macro é a fração de um situação maior.

Em seguida, minha terceira atividade prática: describir um espacio urbano, tanto en su dimensión física (arquitectura, urbanismo), como en su dimensión humana. Ou seja, produzir fotografia de calle. Escolhi a rua em que morava em Barcelona mesmo, a Calle Pujades. Mesmo não tendo encontrado nada simbólico, que descrevesse ou referenciasse a rua por si, nenhum monumento, praça, loja ou coisa do tipo, tentei dar o meu olhar, o de alguém que acabara de chegar ali - três semanas atrás.












A avaliação foi bem positiva, embora a minha série tivesse 11 fotos. A tarefa sugeriu 10. Então, a quarta foi considerada aquela que poderia ser descartada por não trazer NENHUMA informação adicional à série e por não ser NADA bonita fotograficamente. Ou seja, horrível. Mas a postei aqui, porque foi assim que idealizei e apresentei a série.

See ya later, aligator!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Edad Dorada de la fotografía de reportaje

!Hola!

Seguindo a explanação sobre o curso de Foto Reportagem, falo de outros tópicos discutidos em sala.

El uso expresivo de la câmera. Los puntos de vista. - Basicamente, o professor explicou a importância da inquietude corporal do fotógrafo para a construção de imagens criativas. Dobrar joelhos, abaixar, levantar, aproximar-se ou distanciar-se do objeto a ser fotografado pode fazer toda a diferença. Foram passadas informações básicas de enquadramento e do quanto criativo um fotógrafo deve ser resultando em conotações variadas de uma situação a partir da variação dos ângulos e pontos-de-vista.

La foto aislada (isolada) y la secuencia fotográfica - Citação de Duane Michal: fotógrafo norte-americano (1932-) em destaque por suas foto-sequências, principalmente as produzidas nas décadas de 60 e 70.

Pase comentado de imágenes de la Edad Dorada de la fotografía de reportaje (1936-1969) - momento em que a fotografia de guerra teve avanços notaveis. Evolução tecnológica, cultural e política.

Os seguintes fotógrafos foram citados:

-Robert Capa: hungáro (1913 - 1954), ele foi um dos fotógrafos de guerra mais famosos da história. Fez a cobertura cinco importantes conflitos da primeira metade do século XX: a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Sino-Japonesa, a Segunda Guerra Mundial na Europa, a Guerra Árabe-Israelense de 1948 e a Primeira Guerra da Indochina. A foto abaixo, “A Morte do Soldado Legalista”, é um de seus mais famosos registros, o momento exato em que o personagem em foco é atingido por um tiro;


- Lee Miller: Elizabeth 'Lee' Miller (1907 – 1977) nasceu em Nova York e foi modelo profissional de sucesso antes de virar fotógrafa de artes (foco na moda). Durante a Segunda Grande Guerrea, ela foi aclamada pelo seus registros de eventos de conflito como a liberação de Paris, a London Blits e campos de concentração na Alemanha. A foto abaixo foi produzida na banheira de Adolf Hitler numa parceria entre Lee (que pousa na imagem) e David E. Scherman, um correspondente da revista Life;


- John Szarkowski: curador e diretor de fotografia norte-americano (1925 - 2007) do Museu de Arte Moderna de Nova York, de 1962 a 1991, e criador do projeto "Mirror and Windows";

- Virgilio Viéitez Bértolo: espanhol (1930 - 2008) que realizou trabalhos com grupos e eventos sociais dos mais diversos, incluindo velórios e batizados, além de retratos;


- Christophe Agou: fotógrafo documental, nasceu na França (1969 -) e atualmente vive em Nova York. Tem como trabalho de destaque a obra "Face au Silence / In The Face of Silence", realizada no inverno de 2002, quando ele foi a sua cidade natal, Montbrison, registrar a vida cotidiana e o trabalho das famílias campestres. Ao entrar na intimidade delas, ele pôde fotografar com um notável grau de intimidade;


Dicas de websites:
www.in-public.com - sobre eventos de street photography (fotografia de rua) em todo o mundo.
www.magnumphotos.com - uma das mais respeitados coletivos de fotografia do mundo, com sede em Nova York, Londres, Paris e Tóquio. Teve Robert Capa como um dos fundadores, em 1947.
www.nilsphoto.blogspot.com - blog com imagens de Street Photography produzidas por Nils Jorgensen.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Reportagem fotográfica: sequência em Lloret de Mar

¡Hola! ¿Qué Tal?

Eis aqui minha segunda atividade prática de fotografia.
Cubrir calquier evento de una jornada mediante una serie de 6-10 imágenes. Ou seja, a missão era a de registrar qualquer tipo de evento, situação corriqueira ou algo programado. Não importa a relevância do tema, o que importa aqui é a conexão factual e cronológica entre as imagens.

Observe, primeiro, as imagens, depois explico como foi o processo de produção da sequência.












Diferenciando-se da avaliação anterior, essa foi bem positiva mesmo sendo o tema escolhido, banal. Isso não importou já que o "evento" foi bem explorado, segundo o professor. Para ele, as fotos 1, 2, 4, 5 e 10 foram as melhores executadas. A primeira inicia bem a sessão e poderia ser também a última foto, como se os personagens estivessem voltando da praia e retirando seus pertences do carro. Enfim, a foto 1 inicia e fecha a sequência, fazendo dela uma chave para um suposto ciclo de acontecimentos.

A foto 2 mescla o movimento dos personagens com a inércia do tráfego. Na foto 4 o ponto positivo é a "não obviedade". Ao invés de mostrar as pessoas tirando as roupas para deitarem na areia de praia, mostro os pertences todos já no chão. Enquanto isso, na quinta o foco nos objetos dos personagens diz um pouco mais de suas personalidades. Já na última fotografia os detalhes no traje da pessoa à esquerda dá um ar que contrasta completamente com um típico "praieiro".

Para produzir a sequência de 10 imagens, aproveitei um dia de ida à praia com dois amigos espanhois com os quais divido apartamento em Barcelona e a irmã de um deles. Fomos a Lloret de Mar, um povoado a aproximadamente 75km de distância da capital catalã. Nativos da região, primos de um dos amigos, foram conosco a praia que estava um pouco cinza já que o céu não estava exatamente azul. Sentiu a falta de alguém no mar? Eu também. Sinto muito, mas nenhuma das fotografias que tirei teve um bom resultado. Quem sabe na próxima.

É isso. That's it. Eso es todo.

¡Hasta la vista!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Imágenes de los Pioneros de la Fotografia Documental (1837-1936)

¡Hola!

Com o objetivo de registrar um pouco do que tenho estudado durante o curso de Fotoreportaje, vou descrever os temas que abordamos nas primeiras aulas.

Definición del gênero. Reportaje versus Documental - discutimos os conceitos de ambos os estilos fotográficos. A fotografia documental é mais ampla, abrange outros modos de se documentar uma situação além da fotografia de reportagem. Essa, por sua vez, é responsável por traçar uma narrativa através de uma sequência de imagens que respondam aos 5W (explicado no post anterior).
Las 5W. Objetividad y subjetividad en la práctica del reporterismo.
Pase comentado de imágenes de los Pioneros del Documental (1837-1936) - Pelo nascimento da fotografia muitos movimentos artísticos surgem porque a pintura deixa de ter a necessidade de retratar a realidade, já que as câmeras agora fazem isso. Como representantes desse período os seguintes fotógrafos foram citados:

- Edward Sheriff Curtis: norte-americano (1868 - 1952) reconhecido por ser responsável por grande parte da memória fotográfica dos índios nativos dos EUA. Seu intenso trabalho dedicado ao tempo é discutido até hoje. Após sua morte, o The New York Times o descreveu como "internacionalmente conhecida autoridade sobre a história dos índios do país";


- Jacob Riis: jornalista e fotógrafo dinamarquês (1849 - 1914) que emigrou de sua terra para os EUA e se tornou um marco na defesa dos trabalhadores de baixa renda e no registro do cotidiano dos imigrantes no país. Descrito como reformador social, "sensacionalista" jornalista e fotógrafo documentarista social;


- Lewis Hine - sociólogo e fotógrafo norte-americano (1874 – 1940) cujo trabalho de reforma social teve como instrumento uma câmera. O legado de imagens de exploração do trabalho infantil deixado por ele é vasto e reconhecido em todo o mundo, o que ajudou na alteração de leis na época;


- August Sander: fotógrafo alemão (1876 - 1964) inserido na rotina do exército alemão e que foi um marco na história da fotografia por produzir com destaque retratos durante o nazismo alemão. Deixando um legado de mais de 40 mil fotos, uma coleção com sete volumes chamada Citizens of the Twentieth Century foi publicada em inglês, francês e alemão. Nela, retratos acompanhados de dados históricos e sociais dão uma mostra do que foi o trabalho de Sander;


- Walker Evans: de origem norte-americana(1903 – 1975), esse fotógrafo é conhecido principalmente pelo seu trabalho de documentação da Grande Depressão.


¡Hasta las próximas lecciones!

sábado, 9 de julho de 2011

"No quiero excusas, solo buenas fotos"

Barcelona + sol + amigos + fotografia + verão + arte + arquitetura + histórias = meu segundo intercâmbio

Olá, internautas!

Depois de muito tempo sem postar textos livres (isso é: sem critérios jornalísticos), volto para descrever o curso de verão que estou fazendo em Barcelona - Espanha para uns, Catalunia para outros. Divergências políticas à parte, vou postar aqui a primeira atividade prática que desenvolvi nas minhas primeiras aulas de Fotoreportaje (Foto Reportagem) com comentários feitos pelo professor Rafael Badia, que leciona na escola Ruido Formacíon. O curso tem a duração de um mês.

Eis um rápido perfil do mestre, publicado no seu blog Días Prosaicos que, aliás, vale à pena ser conferido: "Fotógrafo, editor gráfico y profesor de fotografía. Nacido en Tenerife, vive en Barcelona desde 1994. Ha publicado un libro de imágenes y poemas sobre la capital catalana, 'A Barcelona' (Ed. Arola, 2009). Forma parte del colectivo de fotografía urbana 'Calle 35'."

Importante dizer: o motivo de eu ter escolhido esse curso foi que depois de um ano viajando por países europeus, fotografando gente, paisagens naturais, cidades, eventos e cotidiano, percebi que meu olhar estava viciado e sempre registrava as situações da mesma forma, apenas mudando o objeto em foco e o cenário. As cenas continham sempre as mesmas gramas de minha identidade. Nada melhor, então, que um curso de Foto Reportagem para me inspirar e me fazer enxergar o que há de mais belo ou mais feio (interessante sempre) em uma situação, já que nesse tipo de fotografia, tudo pode ser registrado. Tudo!

Primeira prática: fotonotícia.
Registrar em apenas uma imagem, um fato. A fotografia deve conter os 5W, as cinco respostas para as perguntas what?, who?, when?, where? e why?. Em portugês, o quê?, quem?, quando?, onde? e por quê?.



Produzi a foto acima porque entrei no clima das liquidações de verão da Espanha, as famosas rebajas (em castelhano) ou rebaixes (em catalão). Um perigo para qualquer orçamento, aviso! Registrada em uma feira livre chamada Els Encants, tem como foco principal o baixo preço anunciado. Os clientes em movimento, ao fundo, representam o resultado positivo da promoção. A verdade é que essa feira já é barata em dias comuns, mas o valor em destaque, segundo o vendedor, é parte das ofertas da estação. Ainda não sei se acredito ou não nele, mas, está aí minha proposta imagética.

Trocando em miúdos:
O quê? Rebajas
Quem? Nesse caso, não são as pessoas o objeto principal, mas o preço em destaque.
Quando? Em qualquer dia da primeira semana de ofertas.
Onde? Mercadillo Els Encants (Feira Os Encantos, em livre tradução de catalão para português)
Por quê? Promoções como essa são parte já da sociedade espanhola, que as aguardam e desfrutam, movimentando os negócios do país.

Mesmo concluindo que está demasiadamente fechada, a fotografia poderia ser incluída em uma reportagem como fotografia de complemento, não como a principal, de acordo com o professor. Caso fosse mais aberta, mais pessoas poderiam ser enquadradas demonstrando melhor que a oferta foi bem sucedida. Posso dizer que a foto teve uma avaliação media. Não há nota, mas diria que levei um 4, entre 1 e 10. Nada bom, mas interessante para que eu reflita sobre o que a foto poderia ter sido e não foi.

Afinal, como é dito nas redações da Espanha e como o professor gosta de frisar: "No quiero excusas, solo buenas fotos." Okey dokey! Recado entendido.

Hasta luego!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Obama visita suas raízes irlandesas e deixa palavras de esperança à nação

Para rever seus antepassados e reafirmar a amizade entre os EUA e a Irlanda, o presidente norte-americano visitou, ontem, o primeiro país europeu na última viagem à Europa antes das próximas eleições em que tentará mais um mandato. Na capital, Dublin, ele discursou para 100 mil

Dimas, de Dublin.

"Meu nome é Barack Obama, de Moneygall O'Bamas. Estou aqui para encontrar o apóstrofo que perdemos pelo caminho". Fazendo menção às suas raízes no país – e a retirada do sinal na escrita do seu sobrenome irlandês –, o presidente dos Estados Unidos da América iniciou discurso histórico em Dublin, capital da Irlanda, no início da noite de ontem. Na sua passagem, de um único dia, ele pôde conhecer a cidade de onde o avô do seu avô saiu, em 1850, em direção aos EUA fugindo da crise da fome, além de levar palavras de esperança e coragem ao país, que enfrenta uma profunda crise econômica. Esse foi o primeiro dos quatro países que o líder visitará até a próxima segunda-feira.


Apresentado pelo primeiro-ministro Enda Kenny e acompanhado da esposa Michele, Obama falou a cerca de 100 mil pessoas por 24 minutos, sempre focando na relação histórica entre EUA e Irlanda. O discurso foi torneado pela histórica relação entre os países, enfatizando a “eterna amizade” entre eles. Em momentos de intensa valorização da contribuição irlandesa para a construção e desenvolvimento dos EUA, ele chegou a dizer que “uma nação tão pequena nunca havia inspirado tanto outro país. Assinaturas irlandesas estão em nossos documentos. Sangue irlandês foi derramado em nossos campos de batalha. Suor irlandeês construiu nossas grandes cidades." A visita teve um tom maior de celebração e fraternidade que de acordos ou discussões profundas. Sonda-se que o evento pode ter sido organizado como parte de uma pré-campanha para se aproximar dos mais de 40 milhões de descendentes de irlandeses (estatística oficial do governo dos EUA) que vivem em solo norte-americano e, assim, conquistar a simpatia e posterior voto deles.



Sua fala pública foi o ponto alto da viagem do presidente à Irlanda, onde também se reuniu com a presidente Mary McAleese, participou de alguns eventos sociais e visitou Moneygall, um pequeno vilarejo por onde passa sua árvore genealógica. Lá, ele foi recebido por um primo que o apresentou a alguns familiares. Com as lideranças irlandesas foram discutidos temas como a utilização de um dos aeroportos do país pelos EUA, o papel das forças de paz da Irlanda no Afeganistão e do resgate econômico do país, ajuda oriunda da União Européia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).


"Obviamente, não é apenas uma questão de interesses estratégicos. Não é apenas uma questão de política externa para os Estados Unidos, já que carregamos com a Irlanda um laço de sangue", disse Obama. "Para milhões de irlandeses-americanos este continua a simbolizar a pátria e as extraordinárias tradições de um povo extraordinário", completou.


O discurso foi o último compromisso oficial do presidente americano no país, cuja capital sofreu, na última semana, a maior intervenção por uma operação de segurança de sua história face à visita. Logo após o evento, Obama seguiu em direção a Londres, antecipadamente, em função de um possível fechamento, amanhã, do espaço aéreo do país, devido às cinzas que o vulcão islandês voltou a lançar dias atrás. Encontros com líderes da Inglaterra, Escócia, Rússia, França e Japão estão agendados para os próximos dias. Essa é a última viagem do presidente à Europa em seu primeiro mandato.

*matéria originalmente publicada em 25.05. 2011 na Tribuna da Bahia (com modificações)
*fotos dos jornais Irish Times e The Independent

terça-feira, 26 de abril de 2011

No interior da Ilha Esmeralda há opções de passeios para mochileiros de plantão

Finalizando o artigo sobre a Irlanda, segue a quarta parte da matéria publicada pelo A Tarde, no Caderno de Turismo, dia 10 de março de 2011.
Além da reportagem escrita, assino também as fotos.

Embora não falte diversão em Dublin, quem for à Irlanda tem que pôr o pé na estrada. O Condado de Wicklow, por exemplo, é ótima opção para mochileiros dispostos a trilhas que podem chegar a 15 quilômetros numa caminhada a quase 500 metros de altitude com classificação máxima de dificuldade.

Em uma única excursão de ônibus, o visitante que não está disposto a andar tanto, pode conhecer Glendalough e Killkenny em um só dia por cerca de 25 euros. Com saída diária de Dublin, os caminhos passam também pela Brownshill Dolmen, a entrada da tumba megalítica com fama de ser a mais pesada da Europa, comcerca de 100 toneladas, erguida entre 4000 e 3000 anos a.C. O último destino é a cidade de Killkenny.

Cultura medieval
Lá, a Black Abbey, igreja fundada em 1225 pelo conde de Pembroke, e a Catedral de Saint Canice, que levou 83 anos para ficar pronta no século 18, são abertas ao público. Os jardins e campos nos arredores do Castelo de Killkenny valemumaparada para descansar antes do visitante entrar na construção do século 17 e imergir em mais cultura medieval. A entrada custa seis euros.

Nas redondezas de Dublin, lugares tão belos que viraram cenário de cinema

Para quem preferir explorar apenas Dublin e proximidades, há três lugares imperdíveis nas redondezas. O Malahide Castle, ao norte de Dublin, é o principal deles. Erguido em 1185, o castelo é um dos mais antigos do país, residência de uma única família (Talbot) por 791 anos.

Casas de veraneio
O visitante tem acesso livre ao térreo da construção. Quem vai ao castelo também pode circular livremente por um parque infantil, alguns campos de futebol, de futebol gaélico e de rugby e trilhas entre bosques.

Na ponta da Península de Dublin, há uma área chamada Howth, reduto de casas de veraneio e vila de pescadores. O que à primeira vista pode parecer apenas uma região de praias pedregosas com um cais (com lugares não tão interessantes comparados às belezas da costa brasileira), esconde caminhos com belas paisagens.

A cinco quilômetros do aeroporto, trilhas podem ser feitas entre montes que possibilitam uma panorâmica vista do porto e do sul de Dublin. Em quatro horas de caminhada, o visitante pode percorrer até 10 km, chegando a 240 metros de altitude, numa trilha pela costa. Com um pitoresco farol, torres e luxuosas casas no caminho, o visitante ainda se depara, a depender da estação, com imensas plantações de frutas vermelhas.


Visão deslumbrante
Já a quase 30 km ao sul de Dublin (norte do Condado de Wicklow), Bray éumantigo destino de férias dos ingleses. Hoje, a região é roteiro obrigatório para uma rápida caminhada ao cume do monte chamado de Bray Head. Uma subida de 30 minutos resulta em uma visão de tirar o fôlego. Uma ótima opção éuma parada para tomar sorvete por cinco euros em uma das tantas tendas de doces espalhadas pela praia.

Conhecido pelas telas dos cinemas por ter sido cenário dos filmes P.S. Eu Te amo e Coração Valente, os campos do Condado de Wicklow também guardam uma parte da história antiga da Irlanda.

Construções monásticas
No Vale de Glendalough, construções monásticas do início do período medieval foram destruídas em 1398 por tropas inglesas. Entretanto, uma torre e ruínas do século 6 foram conservadas. Na região, grandiosas casas e a vegetação que encobre as montanhas dão um clima bucólico à paisagem.

*Acesse mais fotografias da Irlanda no blog: http://turismo.atarde.com.br

terça-feira, 19 de abril de 2011

Batatas e frutos do mar com doses de whisky e muita cerveja


A seguir, o quarto e último post como parte da matéria publicada pelo A Tarde, no Caderno de Turismo, dia 10 de março de 2011.
Além da reportagem escrita, assino também as fotos

IRLANDA Por toda a ilha a gastronomia tem “pitacos” das cozinhas inglesa e escocesa

DIMAS NOVAIS
Dublin, Irlanda

Batatas são a base da comida irlandesa. Amassadas, cozidas, grelhadas ou fritas e nos mais diversos formatos elas são presença certa nos cardápios. Algumas vezes não são nem citadas – são informação implícita num menu irlandês.

Curiosamente, o prato típico de maior destaque do país é o café-da-manhã. Por cerca de oito euros, pode ser encontrado em qualquer canto da Irlanda o Irish Breakfast – riquíssimo em calorias. O menu é farto e vem com salsicha, bacon, ovos fritos, feijão (doce), pudim de sangue de suínos ou bovinos, cogumelos e cebolas fritas, além de torradas, chá ou café.

Amassadas, cozidas, grelhadas ou fritas e nos mais diversos formatos, as batatas estão no cardápio irlandês

Por toda a Irlanda, refeições não variam muito de preço, mas dificilmente uma pode ser encontrada por menos de 10 euros. Entre 12 e 15 euros, apenas pelo prato principal, é possível almoçar, por exemplo, ensopado de carne de porco, peixe, “colcannon” (prato feito com batata e repolho), ou, simplemente, o famoso “Fish & Chips”, típico prato inglês compeixe frito e batatas fritas.

Com simplesmente 213 anos de funcionamento, o Johnnie Fox's é autointitulado o mais “alto” pub do país, localizado nas montanhas do Condado de Dublin, a 25 km da capital. Com uma notável variedade de pratos do mar (são mais de 10 opções apenas de salmão defumado), o ambiente oferece também shows típicos de dança e música todas as noites.7

Móveis, utensílios, peças de roupas, bibelôs, fotos e pinturas acumulados em dois séculos dão um ar de antiquário ao pub. O cardápio da casa apresenta valores entre 10 e 24 euros pelo prato principal. Um ônibus especial sai do Shelbourne Hotel (no centro de Dublin), diariamente às 18h35, em direção ao Johnnie Fox's por um custo de cinco euros, o trecho.

Gosto por cervejas
As bebidas são um assunto à parte na cultura local. Sem tanta sofisticação nos pratos tradicionais, os irlandeses desenvolveram gosto por cervejas e whiskeys – com “e” tem origem irlandesa, e sem, escocesa.

Criada em 1759, a Guinness é a prata da casa, predileção da população local. De cor preta e um forte sabor característico de queimado, derivado do uso de cevada não maltada e torrada, a cerveja é servida geralmente como chope, apesar de ser comercializada também em garrafa e lata. Com uma forma específica de ser servida – primeiro ¾ são postos no copo, depois de alguns minutos ela é completada –, a bebida tem uma cabeça densa e cremosa, resultado da mistura com nitrogênio.

De cor preta e um forte sabor de queimado, sua marca, a cerveja Guinness é uma preferência nacional.

Para divulgar o que está por trás da história de sucesso da companhia, a Guinness montou uma grandiosa e moderna estrutura na própria fábrica para receber visitantes. Informações sobre distribuição em outros países, curiosidades sobre fabricação da cerveja estão espalhadas pelos seis andares da Guinness Brewery,umadas mais disputadas atrações turísticas de Dublin.

No último piso, em um ambiente com paredes de vidro, encontra-se o Gravity Bar, onde é oferecida uma “pint” (leia-se paint, copo de chope irlandês) da cerveja a cada visitante. A ideia é fazer com que cada um desfrute da bebida com uma vista panorâmica de 360 graus da cidade.

Os irlandeses servem a Guinness com estilo: põem ¾ no copo e só depois de alguns minutos completam a dose

*Acesse mais fotografias da Irlanda no blog: http://turismo.atarde.com.br

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Construções seculares nas trilhas verdes dos condados

Nas próximas linhas, a terceira parte da matéria publicada pelo A Tarde, no Caderno de Turismo, dia 10 de março de 2011.
Além da reportagem escrita, assino também as fotos.

IRLANDA Quem sai de Dublin em direção ao interior encontra vestígios da história e da cultura celta nos mais belos cenários do país


DIMAS NOVAIS
Dublin, Irlanda

Ocupando, no mapa, uma área oito vezes menor que o Estado da Bahia, a Irlanda possui uma das mais belas paisagens banhadas pelo Oceano Atlântico. Os Cliffs of Moher são falésias localizadas no oeste do país, a 265 km de Dublin, três horas de ônibus. Por oito quilômetros, penhascos com alturas que podem chegar a 214 metros margeiam parte da costa do Condado de Clare. Da Torre O'Brien, construída em 1835 em um dos pontos mais altos, a grandiosidade da visão é ainda maior.

Para chegar ao destino mais visitado do interior da Irlanda, há passeios de ônibus saindo de Dublin comtarifas entre 40 e 50 euros (transporte e guia). O preço pode parecer salgado, mas os guias costumam enriquecer o passeio com histórias e lendas da nação, além de cantarem e tocarem nas paradas um pouco de música celta.

Outra opção é sair de Galway, maior cidade da região oeste, onde é possível pagar 15 euros (crianças, estudantes e acima de 65 anos) ou 20 euros (adultos). Nesse caso, vale a pena reservar um outro dia para conhecer Galway, a terceira maior cidade do país, que abriga a imponente Cathedral of Our Lady Assumed into Heaven and St Nicholau e a Latin Quarter, quarteirão de efervescente vida noturna.

No caminho, um dos principais pontos de parada é o Parque Nacional Burren, sítio repleto de rochas calcárias com fissuras, paraíso para apreciadores de geologia. O Castelo de Dunguaire é outro belo cenário para ser apreciado antes dos Cliffs. Edificado em 1520 pelo clã O'Hynes nas margens pitorescas da Baía de Galway, está aberto diariamente para os visitantes entre abril e outubro.

Chamada por Oscar Wilde (um dos maiores representantes da literatura irlandesa) de lugar de beleza selvagem, Connemara (Condado de Galway) abriga um dos castelos mais imponentes do país, o Kylemore. Por uma taxa que varia entre 7 e 12 euros (a depender da idade e estação do ano), o visitante tem acesso a uma região cujo destaque é a construção datada de 1867, que até hoje guarda os detalhes luxuosos da vida que levavamos duques de Manchester, ex-moradores do castelo.

Entre outros espaços abertos aos viajantes estão a Abadia, a Igreja Gótica, o Victorian Walled Gardens (jardim de dois hectares e meio, único na Irlanda localizado em um pântano); o Ateliê de Cerâmica, o Restaurante e o Quarto do Chá, bem como os lagos Pollacappul e Maladrolaun, além de um bosque disponível para passeio. Esse destino fica no extremo oeste do país, a 80 km de Galway.


Castelo de celebridades
Pagando entre 40 e 50 euros por um passeio de ônibus, compartida de Dublin, o turista opta por conhecer também a província de Connacht, município de Cong, onde a Cong Abbey é um dos destaques. Fundada no século VII, a abadia resistiu a um incêndio no século XII e à invasão do rei normando William de Burgh, em 1203. Mas a pérola do lugar é o Castelo de Ashford, edificado em 1228.

Abrigando atualmente um hotel de luxo, da rede Leading Hotels of the World, com diárias entre 295 e 650 euros, o lugar já foi habitado por uma única família real por três séculos e meio, e, depois por barões. Utilizado como locação do clássico filme The Quiet Man (Depois do Vendaval, no Brasil), de John Ford, em 1952, estrelado por John Wayne, o castelo já hospedou John Lennon e George Harrison, o ex-presidente dos EUA Ronald Reagan e atores como Brad Pitt e Pierce Brosnan.


*Acesse mais fotografias da Irlanda no blog: http://turismo.atarde.com.br

terça-feira, 5 de abril de 2011

À noite, Dublin ferve comos pubs. De dia, abre seus prédios históricos

Neste post, a segunda parte da matéria publicada pelo A Tarde, no Caderno de Turismo, dia 10 de março de 2011.
Além da reportagem escrita, assino também as fotos.

Baile Átha Cliath, no idioma irlandês, e Dublin, em inglês, a capital irlandesa, cidade de um milhão de habitantes, ferve à noite, principalmente no Temple Bar com seus centros culturais, restaurantes e pubs.

Atravessando o rio Liffey, que divide a cidade em Norte e Sul, chega-se na O'Connel Street, principal rua de Dublin. Nesse centro comercial, localiza-se o ponto central da cidade, o Spire, uma espécie de agulha gigante feita de aço inoxidável, com mais de 120 metros de altura.

Com o Luas (bonde), o Daft (trem) e a linha de ônibus da cidade, o transporte público é utilizado em massa por todas as classes econômicas, permitindo uma livre circulação nas ruas sem congestionamentos.

Entre as atrações turísticas, destaca-se a Trinity College, mais antiga universidade da Irlanda, fundada em 1592 pela Rainha Elizabeth I.

Ao lado da Trinity College está a Grafton Street, concorrido centro turístico de compras, onde lojas e shoppings disputam espaço com restaurantes, lanchonetes e lojas de souvenirs. Nas proximidades, prédios antigos e modernos, um notável retrato da história arquitetônica da nação. Na Área Medieval estão Christ Church, o Castelo de Dublin e a Catedral de Saint Patrick.

Entre os museus da capital, os destaques são os Museus Nacionais (todos gratuitos). Já para uma apreciação das recentes edificações da cidade, vale ir às áreas Dublin 1 e Dublin 4.

Perto do porto estão o Grand Canal Theatre, a roda-gigante de Dublin (mesmo modelo da londrina) e a famosa casa de shows O2, que tem sedes também em Londres e Berlim.

O forte traço cultural influencia até no gosto pelo esporte

A Irlanda tem uma história rica que não passa ao largo do cotidiano agitado regado a cerveja bem consumida nos estádios. Após os celtas, guerreiros da Era de Ferro, povoarem o país, os vikings invadirama região no século 8, fundando Dublin no século 10. Em 1169 foi a vez dos ingleses dominarem a região. Parte do Reino Unido até 1922, a Irlanda se transformou em Repúblicada Irlanda somente em 1948 deixando o Estado Britânico.


Com duas línguas oficiais, o irlandês (herança celta datada de 300 anos a.C.) e o inglês, o país tem dois nomes oficiais: “Éire” e “Ireland”. De maioria católica, a Irlanda não engloba todos os condados dailha irlandesa. Seis, dos 32 no total, constituem a Irlanda do Norte,domínio do Reino Unido, até hoje, de religião oficial protestante. Em 1955, a República da Irlanda integrou as Nações Unidas e 17 anos mais tarde, a União Europeia.


Futebol
Da origem celta, os irlandeses herdaram o gosto pelo hurling, jogo parecido com o hóquei. O futebol é favorito, mas a torcida é por times ingleses como Chelsea e Manchester United.

*Acesse mais fotografias da Irlanda no blog: http://turismo.atarde.com.br