Os céus acumulam luz para lançar um presente, diariamente.
Antes da dádiva, enquanto os raios claream as trilhas, caminho.
Ao findar da fadiga, eis que ele invade frestas.
Horizontalmente é apontada tamanha imensidão seguindo para o Oeste.
Interropendo pingos. Fechando ciclos. Aquecendo promessas.
Para anunciar que a natureza está lá, presente, gigantesca, fabulosa, eis que surge o pôr-do-sol.
Esse, segue a linha dos meus olhos através da janela do meu quarto.
Que sortudo eu sou, o tenho todo santo dia. Um santo presente.
Se tudo for cinzento, mesmo se cores não jorrarem de outras fontes, posso ter certeza de que pinceladas solares se farão visíveis a mim para regenerar.
O ocaso diário não há de ser por acaso.