A cantora baiana apresenta ao público o projeto Canibália, que compõe um disco com experiências sonoras hipercriativas, dois documentários, uma exposição de artes plásticas e o show, que estreia em Salvador dia 1º de janeiro

“Eu trago o sol, nos meus olhos um farol. Eu trago a luz que vem de lá do Sul”. Através dos versos da canção “Sol do Sul”, Daniela Mercury diz ao mundo o que a difere de outros artistas. Consciência do passado e do presente de seu povo e uma luz criativa notável. Tudo isso está em Canibália, uma antropofágica produção artística que envolve um disco, uma exposição de artes plásticas e dois filmes. A compilação de tantas influências populares, refinadas e modernas anuncia: o convite à mestiçagem está feito.
Através de uma coletiva de imprensa virtual, a cantora baiana falou sobre o ousado projeto, já lançado em show e, agora, disponível em CD. São cinco capas diferentes para o álbum que está sendo comercializado no Brasil e uma delas será única para vendas no exterior. “As cinco capas é para as pessoas terem percepções diferentes. É o mesmo disco, mas a ordem das músicas muda, o que altera o conceito que as pessoas vão ter do disco, é uma provocação minha. Cada um responde de um jeito”, explica. Nesse momento, esse conceito distinto fez sentido pra ela. “No próximo, talvez, venham 10 capas ou meia-capa, vai saber, do jeito que as coisas estão indo com os CDs.” Inicialmente o projeto soou estranho para gravadora, “mas agradeço a eles por me apoiarem nessa ideia que me pareceu gostosa.” Haverá uma edição limitada, depois as compras acontecerão através do site da Sony Music. Em um primeiro momento, a capa com a imagem da artista com a flor no rosto é a principal – e é a que foi distribuída lá fora também.


Nos poros, arte

“Eu inspiro arte por todos meus poros, e transpiro também. A gente vai aprendendo durante a vida e o desejo sempre foi enorme para trazer delicadeza e coisas especiais – não só bonito, mas de provocador”, explica. O show, lançado em agosto, em São Paulo e Rio de Janeiro, chega à Bahia no primeiro pôr-do-sol do ano, durante o tradicional show da cantora no Farol da Barra. A apresentação é dirigida musicalmente por ela junto à filha Giovana e conceitualmente pelo filho Gabriel. “Fiz todos artistas desde pequenos, para me ajudarem”, revela. “É um show muito forte, entro de vestido branco, descalça, depois já vou para um rock com uma bota... são trocas de roupas, detalhes que agregamos durante o show”, adianta.


*matéria originalmente publicada em 07.12. 2009 na Tribuna da Bahia
*fotos de divulgação (as cinco últimas imagens são as capas do disco)
Daniela n deve msm se apegar a nenhum ritmo ou estilo, pois isso é essencial para continuar viva na terra do axé. Daniela sabe o q faz!
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